Os novos desafios de Haikaa
A cantora e compositora Haikaa Yamamoto nasceu no Brasil em 1974. Mais tarde, estudou no Japão e nos Estados Unidos, onde vive atualmente.
Ela volta regularmente ao Brasil para encontrar amigos e a família. Durante sua estada mais recente, combinamos uma entrevista.
Conversamos sobre sua nova ação, o “The Right Challenge”, em que ela convida pessoas do mundo inteiro a interagir por meio de linguagem audiovisual.
Haikaa fala também sobre seu livro What is Diversity?, em que aborda muitas questões referentes ao “Work of Art Global Project”, em que canta em – atualmente – 20 idiomas.
Ela explica, nesta entrevista, o processo de produção, quais as línguas mais difíceis (como o lushootseed) e qual foi sua motivação.
Entrevista: Haikaa
Conte como começou sua carreira.
Minha carreira começou no Japão. Eu era adolescente e estudava em uma escola só para meninas em Tokyo. [A escola] Era bem tradicional, mas tinha um departamento muito forte voltado para música e artes. Então, com 13 anos, comecei a cantar em coral e participar de bandas e outras atividades musicais da escola. Eu tinha uma banda, e a gente participou de um concurso em que um produtor da Sony se interessou pela banda. Acabei lançando meu primeiro disco profissional como integrante dessa banda só de meninas chamada Girls Club pela Sony Japan. Na época, fizemos videoclipe e turnê pela Ásia.Daí voltei ao Brasil. A partir dessa experiência no Japão, percebi que para mim, como artista, meu objetivo era poder me expressar, ter essa sensação de liberdade. Quando fui artista de gravadora, com manager e figurinista, ficou muito claro para mim que, por um lado, queria fazer música, mas queria poder me expressar. Não queria que as pessoas viessem dizer para mim que roupa usar, como dançar e o que teria que responder em uma entrevista. Então quando saí dessa banda – afinal, nós nos formamos e cada uma teve que ir para a faculdade – percebi que realmente queria continuar na música, mas que eu teria que encontrar meu próprio caminho. Por isso, passei a compor; primeiro foram só as letras, depois passei a fazer as melodias também. Assim, fui desenvolvendo minha identidade como artista, fazendo demos, mandando para gravadoras, fazendo show. Enfim, é um caminho longo.
Clique no número abaixo para ler a continuação.