Origami, arte e um bom negócio

Como é sua rotina de trabalho?
É o que eu amo fazer, é ficar na produção. Por isso, faço questão de finalizar os origamis dos pedidos. Mas virou rotina. Tem dias, por exemplo, que eu não faço. Quando não estou bem, não quero passar isso para os origamis. Pode parecer besteira, mas eu me preocupo muito com isso.

Existe um preparo físico para evitar as dores. Faço corrida, fisioterapia e vou voltar aos pilates. O que notei é que os origamis me ajudam muito. Fico mais centrada, mais calma e mais tranquila.

Para uma encomenda, a pessoa já vem com uma ideia ou você que apresenta a ela as opções?
Acontece das duas formas. Às vezes a empresa de eventos já vem com uma ideia, e eu faço a produção. Mas teve uma ocasião em que a decoradora me pediu uma opinião. Em eventos, sempre precisamos ter um plano B, porque pensamos em uma ideia, mas na hora de produzir, não é o que estávamos esperando. Então temos que pensar rápido.

Origami é uma arte japonesa. No caso de eventos de pessoas de outras origens, eles também pedem motivos japoneses?
Pedem. Eu fico muito admirada que a maioria das minhas clientes não tem ascendência oriental, e elas demonstram valorizar muito o origami. Ela pedem exatamente isso: “quero o tsuru, porque sei que significa sorte, longevidade”. As clientes orientais pedem também, mas o origami, para elas, já é algo mais familiar.

As ocidentais percebem um valor agregado que é muito grande. Isso me deixa muito feliz.

Quando você vai ao evento e vê o seu trabalho lá, como é?
Isso, para mim, é impagável. Sempre vou acompanhar. Foram raras as vezes em que não pude ir. Na maioria das vezes, eu participo da produção da montagem ou apenas para ver como ficou. É impagável. Eu me sinto feliz de ver a cliente realizada, de ver o resultado final. Eu fico pensando muito no resultado dias antes do evento, então enquanto eu não vejo pronto, não sossego.

Nos eventos, as pessoas perguntam sobre o origami?
Sim, perguntam. Ficam admiradas. “Você faz um por um?”, perguntam, igual você fez. Elas ficam deslumbradas e gostam muito. Perguntam se é de papel; não acreditam que um arranjo pode ser de papel.

Na verdade, eu pensava mesmo que havia uma máquina ou muitas pessoas trabalhando na produção.
Se eu tivesse mais gente ajudando, seria bom. Eu também não quero que fique uma coisa mecânica. Por exemplo, ter máquina para cortar papel, máquina para isso, para aquilo. Eu não quero perder esse valor de dobrar, de fazer o origami. Mas não tem equipe de 15 pessoas, como muita gente acha que tem! [risos]

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Fonte: BCB (21/11/2024)
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