Hokkaido, o inverno mais belo do Japão

Hokkaido é a província mais fria do Japão e os verões mais amenos. Seu forte é a produção agrícola, com fazendas e produtos alimentícios de alta qualidade, como leite, queijos e carne bovina.

A região tem muita influência ocidental, principalmente russa, por sua localização próxima a cidade portuária de Vladivostok. É comum encontrar casas com estilo europeu e igrejas cristãs em Hakodate. Essa foi também a primeira cidade a abrir porto para o comércio com o Ocidente ainda no século 19, facilitando o contato com americanos, russos, franceses, holandeses e ingleses.

Sapporo, a capital da província, é uma cidade moderna e abriga a cervejaria Sapporo, conhecida mundialmente. É ali também que está o estádio coberto Sapporo Dome, que recebeu os jogos na Copa do Mundo FIFA de 2002.

Programas imperdíveis

Uma publicação compartilhada por kuro (@lahir_kuro) em Fev 6, 2017 às 5:02 PST

A melhor época para visitar Sapporo é durante o Festival do Inverno, mas também acaba sendo uma das épocas mais movimentadas.

Trata-se de um dos mais famosos festivais de inverno do país, com esculturas gigantes de gelo e neve representando grandes momentos do ano anterior e ícones da cultura pop. Durante a noite costumam ser realizados shows de iluminação nessas obras de gelo.

Para comer

Shiretoko ramen

Para aquecer, nada melhor que o Sapporo ramen, um lámen inventado na capital de Hokkaido nos anos 1950. Nele, a pasta de soja é dissolvida no caldo, que fica encorpado e com um sabor forte do missô.

O Shiretoko ramen é composto por camarões e king crab, além dos ingredientes mais comuns, como a cebolinha e o menma (broto de bambu fermentado).

Curiosidades

A paisagem vista do cume do Monte Hakodate, a 335 metros de altura, é tão bela que ganhou o apelido de “vista noturna de 1 milhão de dólares”. Não à toa, Hakodate é conhecida como “Cidade Luz”.

Em Hokkaido vivem os ainus, índios nativos da ilha com língua e costumes diferentes. Os ainus fazem parte de uma população pequena, de características físicas diferentes dos nipônicos.

Iguaria culinária da província, os caranguejos gigantes são vendidos em barracas nos mercados, que mais parecem as feiras livres brasileiras. Os caranguejos ficam vivos em aquários. Se o cliente quiser comer na hora, o vendedor retira o caranguejo da água e o cozinha. A carne, tenra e macia, fica ainda mais saborosa com shoyu e vinagre de arroz.

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Conteúdo publicado originalmente na edição 141 da revista Made in Japan.