Acidente nuclear de Fukushima recebe classificação 7
A agência nuclear japonesa (NISA) anunciou uma nova classificação para o acidente nuclear na usina Fukushima Daiichi.
Em caráter provisório, o acidente está avaliado em grau 7, o mais alto na escala da Agência Internacional de Energia Nuclear (IAEA, na sigla em inglês). A classificação refere-se a um evento em que há grande liberação de material radioativo com efeitos na saúde e no ambiente.
De acordo com o comunicado da IAEA, a nova classificação resultou da estimativa da NISA sobre a quantidade total de radioatividade liberada pela usina após ser atingida pelo tsunami de 11 de março. A agência japonesa calcula que a quantidade de material radioativo liberado na atmosfera corresponda a 10% da do acidente de Chernobyl em 1986, o único até hoje classificado como nível 7.
Yukio Edano, porta-voz do governo, destacou que a elevação não significa que a situação está piorando no momento, pois a nova classificação é baseada em dados mais apurados que os anteriores.
Hidehiko Nishiyama, alto funcionário da agência, disse à rede de televisão NHK que a elevação do nível não afeta o atual plano de evacuação, que fora feito com base na mesma avaliação.
Ontem, Edano afirmou que a área de evacuação será estendida para até 30 km. Anteriormente, na área em um raio de 20 a 30 km ao redor da usina de Fukushima Daiichi, os moradores foram aconselhados a ficar dentro de suas casas. A medida abrange as cidades de Iitate, Katsurao, Namie, Minami Soma e partes de Kawamata, todas na província de Fukushima. Os moradores deverão ser evacuados dentro de um mês.
“Não estamos pedindo para que evacuem imediatamente, mas estamos considerando os riscos a longo prazo”, disse Edano.