Exames detectam radiação na água de nove províncias do Japão
Sinais de radioatividade foram detectados na água de torneira de nove províncias do leste do Japão, mas todos abaixo do limite de consumo estabelecido pela Comissão de Segurança Nuclear do Japão. As informações são da agência de notícias Kyodo.
Em Tochigi e Gunma, foram detectados traços de iodo radioativo e césio nas amostras coletadas. Em Saitama, Chiba, Tóquio, Kanagawa, Niigata e Yamanashi, foi detectado apenas o iodo.
Os resultados não são regulares, pois o césio também foi detectado em uma amostra de água colhida em Tóquio no sábado, mas não foi detectado no domingo. Já Gunma, província com grande concentração de brasileiros, apareceu pela primeira vez na pesquisa no domingo.
Na província de Fukushima, onde está localizada a usina nuclear Fukushima Daiichi, o governo local informou que foi detectado iodo em uma amostra coletada às 08:00 de segunda-feira. Porém, esclarece que, em razão da situação ainda instável na região, pesquisas mais apuradas não podem ser feitas.
A pesquisa foi feita em todas as províncias japonesas pelo Ministério da Educação, Cultura, Esporte, Ciência e Tecnologia do Japão.
Consumo de cápsulas de iodo
Autoridades japonesas pedem que a população não tome cápsulas de iodo sem consultar ajuda especializada. Essas cápsulas podem ajudar a evitar que o iodo radioativo seja absorvido pelo organismo, mas é preciso tomar alguns cuidados com efeitos colaterais, como reações alérgicas.
Sobre esse assunto, a Comissão Nacional de Energia Nuclear, autarquia ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, orienta que é preciso observar atentamente o momento certo de ingestão da substância, o que deve ser feito sob orientação das autoridades japonesas.
O iodo é absorvido pela glândula tireoide e supre a sua necessidade, bloqueando a absorção do iodo radioativo. A ingestão de iodo só funciona se “for tomado bem próximo ao momento em que possa haver a exposição ao iodo radioativo”; caso contrário, não fará efeito. Segundo a CNEN, a dose de crianças é a metade da de adultos. Para quem tem alergia a iodo, há alternativas que devem ser verificadas com um médico.
Em caso de monitoramento da população para verificar se houve contaminação, a CNEN esclarece que é um procedimento de rotina e que o detector é um aparelho seguro. Por precaução, recomenda-se que a pessoa leve um calçado extra, pois se estiver contaminado, será retido. Se possível, a pessoa monitorada deve solicitar um certificado com o resultado do exame.