Abe reitera que o Japão não terá armas nucleares
O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe reiterou nesta sexta-feira que o Japão não tem ambições nuclares, reforçando seus princípios que promove o desarmamento nuclear.
“Armar o Japão com armas nucleares é impensável”, disse pouco antes de participar do Comitê do Orçamento da Câmara dos Representantes. “Como a única nação do mundo a ter sofrido um ataque com bomba atômica, (o Japão) tem a obrigação de promover o desarmamento nuclear.”
A declaração do premiê surge no mesmo instante em que acontece, em Beijing (China), as conversas multilaterais para persuadir a Coréia do Norte a abandonar seu programa nuclear. A reunião entre a China, os Estados Unidos, o Japão, a Rússia e as duas Coréias tiveram início na quinta-feira.
Desde 1967, o Japão possui os princípios não-nucleares, no qual se compromete a não produzir, armazenar ou permitir o transporte desse tipo de arma, como parte de sua Constituição pacifista.
Porém, movimentos recentes que provocaram mudanças na legislação, como o que promovia a Agência de Defesa em Ministério, colocaram em dúvidas as ambições militares do país. O preocupação aumentou com os testes nucleares de Pyongyang, que aumentou a aproximação do Japão com os EUA.
Apesar de Abe ser contra as armas nucleares, o primeiro-ministro quer a aprovação de uma legislação permanente que permitiria o envio de tropas sem precisar de aprovação ou de leis especiais. “Se é para fazer com que o Japão contribua com a paz e a estabilidade no mundo, eu espero que haja um aprofundamento da discussão com público e considerar a criação da lei”, disse Abe.