Karaokê

Fotos: DivulgaçãoVideokê, produzido pela Raf Electronics: pioneiro no BrasilMúsica e tecnologia
Um dos responsáveis pela divulgação do karaokê é o Videokê. Produzido pela Raf Electronics, o aparelho entrou no mercado antes dos outros concorrentes. Entre 1995 e 2001, a empresa estima ter comercializado 150 mil unidades.

Destas, cerca de 4,6 mil foram vendidas com um aditivo extra: um cartucho de músicas japonesas, como enka, new enka, infantil e J-pop. Na esteira de sucesso do Videokê, chegaram outros produtos.

0109_dvdoke.jpgDVDokê, da Gradiente: além de reproduzir os DVDs comuns, funciona como um VideoCDA TecToy lançou o Sega VideoKaraokê, que funciona da mesma forma que o videokê, exibindo legendas sincronizadas com uma música sem voz.

A Gradiente, por sua vez, lançou o DVDokê, equipamento que, além de reproduzir DVDs normais, funciona de forma similar ao VideoCD através da troca de discos.

0109_dvds_fitas.jpgDo sertanejo ao romântico, passando pelo rock, o DVDokê reúne diversas opções de estilos musicaisO Videokaraokê Magic funciona de maneira diferente. O próprio aparelho é um microfone, que centraliza a operação. Assim, não faltam opções para quem deseja cantar.

Karaokê

Chegada ao Brasil
Atentos a tudo o que acontece no arquipélago, os descendentes de japoneses descobriram a novidade e a popularizaram no Brasil.

Os nikkeis, que já gostavam de cantar músicas japonesas acompanhados de pequenas orquestras, aderiram ao uso do play-back e da fita cassete. Com isso, o karaokê começou a ganhar adeptos no País.

0109_chegada_brasil_01.jpgNo início, obter uma fita com as músicas japonesas do momento era uma epopéia. Era preciso ir ao Japão em busca das novidades ou pedir encomendas a parentes e amigos e aguardar as tão esperadas fitas. Mas, de posse delas, ficou muito mais fácil ensaiar para os tai kais, os concursos de música japonesa.

Maratonas musicais
Os torneios de karaokê são verdadeiras maratonas musicais. Primeiro, porque os tai kais reúnem cantores de todo o País, que viajam horas e até dias para chegar aos locais das apresentações. Segundo, porque os concursos normalmente são realizados em um único dia.

Cada torneio importante, como o Brasileirão, por exemplo, reúne cerca de 300 candidatos, divididos em categorias de idade e nível técnico. As apresentacões podem durar até 15 horas ininterruptas.

0109_chegada_brasil_02.jpgMas os esforços dos participantes começam bem antes, com o treinamento, que pode incluir até aulas particulares de karaokê com professores especializados. Além de treinar com afinco, os aspirantes a estrelas de karaokê precisam botar a mão na carteira. “Hoje as pessoas investem bastante na produção para que estejam bem no palco.

Mensalmente, os custos com aulas e fitas de música, inscrições em torneios e alimentação, sem contar a roupa e outros ornamentos, podem alcançar a faixa de 300 reais”, explica Luiz Yuki, presidente da União Paulista de Karaokê (UPK), entidade que reúne 270 associações no Estado de São Paulo.

Yuki explica que metade das associações de província de São Paulo mantém atividades relacionadas ao karaokê, e cerca de 10 mil pessoas participam regularmente dos concursos. “Na minha opinião, ainda não chegamos ao auge”, diz Yuki. “Isso porque, com o surgimento do videokê, o ato de cantar se popularizou. Em qualquer festa, tem videokê. Naquelas que não tem videokê, as pessoas voltam cedo para casa”, observa.

Fotos: Made in JapanAcima, cantores nos concursos de karaokê, que revelaram talentos como Joe Hirata, Adriana Mayumi, Melissa e Marcus e Humberto KenjiCantando na TV
Um dos fatores que estimularam a comunidade japonesa a se dedicar ao canto foi o sucesso de duas atrações televisivas: Japan Pop Show, comandado pelo casal Nelson e Suzana Matsuda, e Imagens do Japão, liderado pela apresentadora Rosa Miyake, ambos na década de 80. Aliando exibiões de programas musicais da NHK – emissora de televisão do governo japonês – a shows de calouros da comunidade, os programas atraíam as atenções dos telespectadores nikkeis de todo o Brasil.

“Ajudamos a revelar grandes talentos nikkeis, como Karen Ito e Edson Miyabara, e chegamos a dar um automóvel aos vencedores, prêmio que, na época, era totalmente incomum”, conta Eduardo Santos, que trabalhou na produção do Imagens do Japão. “O programa impulsionou o mundo do karaokê. Chegamos a ter picos de 19 pontos de audiência com o Uta no Champion (concurso de calouros que revelava qual era o melhor cantor nikkei do ano)”, recorda Santos.

Foto - Divulgação
Programa Raul Gil
Redação Made in Japan Redação do site Made in Japan
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Fonte: BCB (25/04/2024)
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