Origami
Foram os samurais, no início do século 17, os responsáveis pela criação dos primeiros origamis que conhecemos atualmente. O mais interessante é que, ao contrário da visão infantilizada que se tem até hoje dessa arte da dobradura em papel, até o início do século 19 o origami foi praticado como passatempo restrito aos adultos.
Um dos motivos era o alto custo do papel. No período Edo (1600-1867), a prática se estendeu às mulheres e às crianças. Até o final dessa época, já haviam sido registrados cerca de 70 formas de dobraduras diferentes. O primeiro e mais famoso deles é o tsuru (garça), que aparece nos exuberantes quimonos da época. Também conhecido como orizuru, a garça em dobradura representa felicidade e longevidade.
Na era Meiji (1868-1912), a arte passou a ser ensinada nas escolas e teve influência estrangeira de países como a Alemanha, onde a dobradura também era praticada. Logo após a Primeira Guerra Mundial, o origami deixou de ser feito nas escolas, mas, nem por isso, a tradição acabou. Hoje o origami é uma das mais populares expressões artísticas japonesas, sendo transmitido de pai para filho e também em cursos de cultura nipônica em todo o mundo.