Palestra “O Espírito da Caligrafia”, de Ryuho Hamano

Em 8 de agosto, quinta-feira, o Centro Cultural Aliança e a Fundação Japão promovem a palestra “O Espírito da Caligrafia”, com Ryuho Hamano.

Em sua apresentação, Ryuho buscará conectar o público com o espírito do Japão, levando os participantes a enxergar além daquilo que os olhos veem.
“Será uma grande satisfação, se puderem apreciar não apenas com os olhos, mas também com o coração. Acredito que, assim, poderão sentir, mais profundamente, aquilo que representa o espírito do Japão.”

No evento, o artista japonês apresentará a transformação e a história do kanji no decorrer dos anos e realizará uma demonstração prática. Com o pincel, em letras grandes, produzirá em shodô um dos poemas da coletânea mais antiga de poemas do Japão, Man’yôshû. O poema traz uma referência à denominação da nova era do Japão, Reiwa, que teve início em maio de 2019.

Ryuho Hamano

Nascido na província japonesa de Fukui, em 1960, Ryuho Hamano iniciou as atividades no exterior em 1996, participando de palestras, workshops e exposições em países da Europa, Ásia e América Latina.

Em 2014, realizou com sucesso uma grande exposição no Palais de Glace (Palácio Nacional das Artes), na Argentina. Em 2018, em uma grande exposição na Biblioteca Vasconcelos, na Cidade do México, levou a missão de difundir a arte da caligrafia Shodô, ao usar o espaço de uma forma dinâmica, apresentando o seu próprio mundo da caligrafia.

Ainda em 2018, recebeu o prêmio de mérito por seus esforços em promover o intercâmbio internacional da Província de Aichi.

O Espírito da Caligrafia

A coletânea de poemas mais antiga do Japão, Man’yôshû, traz diversos conceitos de beleza e originalidade da criação, peculiar dos japoneses.

Para Ryuho, é possível encontrar um pouco do Japão em lugares muito distantes, como na América do Sul e na América Central, por meio da população nikkei que vive nestes países.

“O Wakon kansai (o espírito japonês e o ensinamento chinês) do Man’yôbito (pessoas que viveram na época) permite que a cultura do Japão permaneça existindo fora do país, fazendo com que as pessoas pensem, ainda que com suas próprias palavras (idioma), assimilando a cultura estrangeira”.