Okinawa histórica e cultural

Okinawa é composta por cento e sessenta e nove ilhas subtropicais e é a província mais ao sul do Japão. É conhecida por suas praias paradisíacas, de águas cristalinas e areias brancas e pelo clima agradável, o que favorece o turismo.

Bankoku Shinryokan JNTO

Antes de pertencer ao país, Okinawa era parte do reino Ryukyu, por isso possui cultura, idioma, história e gastronomia próprios, diferenciados do resto do país. Ficou sob domínio japonês até o fim da Segunda Guerra Mundial, quando passou a ser administrada pelos Estados Unidos, que instalaram diversas bases militares na província. Okinawa só foi devolvida ao Japão em 15 de maio de 1972, mas os Estados Unidos ainda mantém bases militares no arquipélago.

Na maior ilha fica a capital Naha, que abriga locais históricos do Reino de Ryukyu como o portão de pedra Sonohyan e o castelo de Shuri, construído no século 15 e considerado Patrimônio da Humanidade (você pode ler mais sobre nesse outro texto aqui).

Programa imperdível

A província de Okinawa é conhecida por suas inúmeras expressões artísticas e danças. Na parte tradicional, destaque para o Kumi odori, apresentação de danças, poemas, diálogos e narrativas, com influências do teatro Nô.

Para comer

O Okinawa soba é feito à base de ossos e carne de porco, kamaboko, algas, fatias de omelete, gengibre, cebolinha e o macarrão, que diferentemente do soba tradicional – de trigo sarraceno, mais escuro – é feito de farinha de trigo. A receita tem até data especial: o Dia do Soba de Okinawa, comemorado em 17 de agosto.

Curiosidades

Em Okinawa nasceu o karatê. Diz-que foi criado pelos agricultores para defesa, uma vez que eram proibidos de portar armas.

Uma das mais sangrentas batalhas da Segunda Guerra Mundial ocorreu em Okinawa. Em 1º de abril de 1945, cinco divisões americanas desembarcaram nas ilhas e enfrentaram o exército nipônico. Foram 82 dias na batalha de Okinawa, que culminou em 13 mil americanos mortos e 250 mil militares e civis japoneses.

Conteúdo publicado originalmente na edição 141 da revista Made in Japan.