Japão comemora o Dia do Saquê
O 1° de outubro é o Dia Nacional do Saquê no Japão. Nessa data, encerra-se a colheita de arroz, e os fabricantes de todo o país começam a produzir a bebida. É, portanto, uma boa oportunidade para celebrar com amigos e brindar ao fermentado de arroz, que ganha cada vez mais fãs no mundo inteiro.
Acredita-se que o saquê surgiu na China, no vale do rio Yangtzé, por volta de 4.800 a.C. No ano de 689 d.C., o Japão estabeleceu o departamento imperial do saquê e passou a refinar seu modo de fabricação.
Na produção do saquê, são utilizados apenas arroz, água, levedura e um fungo especial chamado “koji-kin”. A simplicidade o torna uma das bebidas alcoólicas mais naturais do mundo.
No Japão, consumir a “bebida dos deuses” é considerado um ritual, com o objetivo de eliminar preocupações e prolongar a vida. Ele pode ser consumido quando se está sozinho ou em rodas de colegas e amigos.
“O saquê desce melhor ainda se acompanhado de peixes, aves, carne suína e culinária vegetariana ou asiática, preparados com tempero leve”, ensina o livro Saquê para Iniciantes & Iniciados, dos autores Griffith Frost e John Gauntner.
O livro, publicado pela Editora JBC no Brasil, traz dicas para avaliar, degustar, comprar e armazenar a bebida. Confira algumas delas:
Dicas sobre saquê
– De acordo com a etiqueta japonesa, o anfitrião serve primeiro os convidados, que retribuem imediatamente o ato, em um ritual de troca mútua de atenção
– O copo não deve ficar vazio
– No Japão, é comum nunca servir seu próprio copo. No ocidente, não é necessariamente uma regra que se deve seguir à risca
– Em situações formais, quando acompanhado de japoneses, segura-se o tokkuri (recipiente de saquê) com as duas mãos. A pessoa que recebe levanta o copo com uma mão e apoia a outra na lateral
– Ao escolher a bebida, é importante verificar sempre se ela não foi fabricada há mais de um ano (exceto as variedades envelhecidas propositalmente). É preferível também que ela não tenha menos de seis meses, contados a partir da data de envase apresentada no rótulo
– Compre saquê somente em estabelecimentos que saibam armazená-lo corretamente. A refrigeração não é essencial, mas a bebida deve ser disposta em lugar fresco e não deve ficar exposta a luz direta
– Nunca armazene a bebida sob luz direta
– O saquê não deve, necessariamente, ser refrigerado, mas isso ajuda a conservar o produto
– A bebida é tradicionalmente servida quente, mas o sabor de saquês premium pode ser destruído pelo calor. Os tipos premium apresentam melhores resultados se consumidos gelados
– O frasco cheio pode ser aquecido em banho maria no microondas ou no fogão. A temperatura do saquê quente deve ficar entre 40 e 54°C
– O saquê deve ser consumido duas horas depois de a garrafa ser aberta, pois começa a oxidar
– Existem quatro classes de saquê. Elas são definidas pela polidez do grão de arroz e se é adicionado álcool destilado durante a fermentação. As classes são: Junmai (somente fermentado de arroz), Honjozo (pequena quantidade de alcool destilado adicionado), Ginjo (arroz bem polido) e Daiginjo (arroz bem mais polido)