Maior salário mínimo impulsionaria economia, diz relatório
Se o salário mínimo por hora fosse de mil ienes, ao invés dos atuais 610 ienes, os gastos do consumidor aumentaria, causando o crescimento da produção doméstica em 2,6 trilhões de ienes ao ano. Pelo menos é isso que diz um relatório divulgado nesta segunda-feira por um think tank privado ligado a um sindicato.
O texto produzido pelo Instituto de Pesquisa do Movimento Trabalhista do Japão aponta que os benefícios do aumento nos gastos seria maior nas pequenas empresas.
Argumento do grupo, porém, esbarra na opinião de muitos economistas e empresários, que pensam que as pequenas empresas não conseguirão se sustentar se houver aumento nos salários.
Baseado em dados coletados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar, o instituto estima que hajam 6,83 milhões de trabalhadores que ganham menos de mil ienes por hora. Se seus rendimentos aumentassem para mil ienes, o valor total pago pelas empresas seria de 2,2 trilhões de ienes.
Consequentemente, os gastos dos consumidores – excluindo o pagamento de taxas e contribuições de segurança social – aumentaria para 1,3 trilhões de ienes. Isso também causaria o crescimento da produção interna.
O instituto argumenta que os trabalhadores que recebem menos tendem a gastar mais com roupa, educação e alimentos, áreas geralmente operadas por pequenas empresas.
O aumento no salário mínimo deve ser votado durante a sessão regular da Dieta para assegurar que trabalhadores receberão mais do que os segurados pelos programas sociais. Entre os partidos de oposição, o Partido Comunista Japonês e o Partido Social Democrata pedem por um salário mínimo de pelo menos mil ienes por hora.