Devolução da sede da Associação Japonesa de Santos
A proposta, elaborada pelo então deputado Koyu Iha, tramitou no Congresso Nacional desde 1994 e foi retomado por iniciativa do deputado federal João Paulo Papa (PSDB/SP). Em julho, uma comitiva de diretores da Associação esteve juntamente com o parlamentar em uma reunião com o primeiro secretário da Mesa Diretora da Câmara, que também contou com o reforço do Embaixador do Japão no Brasil, Kunio Umeda.
Em maio, representantes da Associação se encontraram com o Cônsul Geral do Japão em São Paulo e discutiram a possibilidade de apreciação e aprovação do texto, demonstrando a importância do assunto.
Associação Japonesa de Santos
A Associação Japonesa de Santos, antiga Sociedade Japonesa de Santos, foi criada em meados de 1929 para dar suporte à educação dos descendentes de imigrantes. A escola e a antiga entidade funcionavam em um casarão adquirido com o apoio do governo japonês.
Entretanto, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial e a aliança do Brasil contra os países do Eixo (incluindo o Japão), a situação dos imigrantes ficou complicada. Um decreto federal obrigou os japoneses e outros imigrantes das nações do Eixo a deixar Santos – considerada área de segurança nacional – fazendo com que as atividades da entidade fossem suspensas.
Após o fim da guerra, outro decreto federal dissolveu as sociedades civis de imigrantes dos países do Eixo e transferiu o patrimônio destas entidades ao Governo Federal. Com isso, a Sociedade Japonesa de Santos foi dissolvida, e o casarão, incorporado ao patrimônio do governo brasileiro.
Em 2006, a Secretaria de Patrimônio da União permitiu o uso do imóvel para as atividades da Associação e, em 2008, o casarão foi reinaugurado com a presença do príncipe Naruhito, durante as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa.
Hoje, o espaço recebe eventos, cursos e atividades culturais, além de manter o ensino da língua japonesa em uma escola com mais de 100 alunos.