Usina detecta vazamento de água radioativa em Fukushima
Nesta sexta-feira, 23 de agosto, o comissário da Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (ARN), Toyoshi Fuketa, visitou a usina nuclear Fukushima Daiichi e disse aos jornalistas que a empresa Tokyo Electric Power Company (Tepco) deveria manter regularmente a medição de radiação, pois isso teria ajudado os funcionários a perceber as anormalidades mais rapidamente.
Ainda de acordo com declaração de Fuketa, publicada no site de notícias NHK World, oficiais da empresa reconheceram que precisariam de pelo menos quatro vezes mais funcionários para reforçar as inspeções.
O vazamento de água com substâncias radioativas foi detectado na manhã do dia 19. Foram cerca de 300 toneladas que oferecem riscos de contaminação do lençol freático e já alcançou o Oceano Pacífico, a mais de 500 metros da usina.
Essa água radioativa vem sendo acumulada devido à necessidade da constante injeção no sistema de resfriamento dos reatores da usina nuclear e hoje, já tem cerca de 350 tanques em Fukushima.
Desde o terremoto, seguido de tsunami que atingiu a região nordeste do Japão, em março de 2011, os sistemas de refrigeração dos reatores da usina foram danificados e já foram registrados quatro vazamentos semelhantes.
Entretanto, de acordo com a agência de notícias AFP, um porta-voz da empresa afirmou que o vazamento mais recente é o pior em termos de volume. Ainda de acordo com o porta-voz, a empresa já está providenciando as medidas de segurança e reforçando as barragens em torno dos tanques.
Em nota oficial, publicada no site da Tepco, as instalações de bombas de vácuo para efetuar a contenção do fluxo de água contaminada para o lençol freático foram finalizadas hoje, maximizando o processo de controle.
Além disso, o tanque com o problema já foi detectado e a água contida nele está sendo transferida para outros tanques. Para a água excedente, a Tepco considera a possibilidade de realizar tratamento, já que outros tanques ainda estão em processo de construção. A empresa está atualizando todas as análises feitas em amostragens de terra, ar e água nas áreas do vazamento em seu site oficial.
Vídeo: AFP