Sete japoneses sobrevivem à ação terrorista na Argélia
O primeiro ministro japonês, Shinzo Abe, confirmou dados sobre o sequestro que durou quatro dias no complexo de exploração de gás natural na Argélia. Com a ação de domínio pelas forças especiais argelinas, 792 reféns foram liberados – sete deles japoneses – e já se encontram em local seguro.
Após visita ao hospital local na cidade de In Amenas, próximo ao local do atentado, o vice-ministro de Relações Exteriores do Japão, Minoru Kiuchi identificou os corpos de sete japoneses que foram mantidos reféns. Os funcionários que estavam no complexo eram da unidade de Yokohama da empresa JGC (Japan Gasoline Corporation). Outros três continuam desaparecidos. De acordo com informações da Kyodo News, um avião deve levar os sobreviventes e os corpos já identificados para o Japão ainda hoje, dia 22.
Kiuchi e o presidente da JGC, Koichi Kawana, seguiram para In Amenas no dia 20 de janeiro e foram os primeiros representantes internacionais a visitar o local para investigar a situação das vítimas e desaparecidos.
A crise iniciou no dia 16 de janeiro com a tomada de um campo de gás, na Argélia, por um grupo terrorista que se diz ligado à Al Qaeda. Os terroristas alegam que os ataques eram uma represália à intervenção das tropas francesas ao país vizinho, Mali. No dia 17, o exército argelino iniciou os ataques para tentar controlar a situação e somente no dia 19 conseguiu tomar o complexo, liberando 792 trabalhadores, sendo 107 estrangeiros. Até a manhã de hoje, o primeiro ministro da Argélia, Abdelmalek Sellal, havia confirmado a morte de 37 dos reféns e o desaparecimento de mais 18 estrangeiros (cinco noruegueses, quatro filipinos, três japoneses, três britânicos, dois malaios e um colombiano).
Este episódio colocou em evidência a fragilidade do Japão em situações de emergência e Abe declarou que pretende reforçar a capacidade de proteção aos cidadãos japoneses no exterior.