Governo de Pequim pede que protestos anti-Japão parem
O Governo de Pequim orientou a população a interromper os protestos diante da Embaixada do Japão na manhã desta quinta-feira (20).
Segundo o Yomiuri Shimbun, o governo enviou mensagens de texto para o celular de moradores de Pequim, em que afirma “O tráfego no distrito da embaixada voltou ao normal. Não vá para essa região para mais protestos”.
Com a aparente normalidade, escolas japonesas na China retomaram as aulas, assim como fábricas de empresas como Sony, Canon e Mitsubishi reiniciaram a produção.
Porém, houve registro de greves em fábricas japonesas na província de Guangdong, ainda motivadas pela disputa do arquipélago de Senkaku / Diaoyu. Ainda, a Japan-China Green Expo, feira de tecnologia e negócios, foi adiada. O evento estava programado para acontecer entre 20 e 22 de setembro em Shanghai.
Segundo a NHK, a rede japonesa de supermercados Aeon organiza a volta da família de funcionários japoneses que trabalham em filiais na China. Uma das lojas da rede foi depredada e saqueada durante os protestos.
De acordo com analistas ouvidos pelo Asahi Shimbun, a redução de intensidade dos prostestos seria consequência do receio de causar danos à imagem internacional da China.
A Embaixada do Japão no Brasil publicou em seu site uma lista de argumentos e notas histórias para justificar a soberania japonesa sobre as ilhas. Porém, também denota preocupação com as consequências que o atrito pode ter para as relações entre as duas principais economias da Ásia.
“A relação Japão-China é uma das mais importantes relações bilaterais para o Japão. Um papel construtivo da China é essencial para a estabilidade e a prosperidade da região Ásia-Pacífico. O Japão não deseja que esta questão afete adversamente as relações Japão-China em seu conjunto”.
As ilhas também são reivindicadas por Taiwan, que as chama de Diaoyutai. O presidente de Taiwan, Ma Ying-Jeou, propôs que o assunto seja resolvido em negociação trilateral, em que participariam Japão, China e Taiwan.
Embora defenda que as ilhas pertençam à Taiwan, Ma afirma que o desenvolvimento conjunto das ilhas deve vir antes da rivalidade sobre a soberania.