Ex-vice-ministro da Defesa nega ter recebido lobby de amigo empresário
O ex-vice-ministro da Defesa Takemasa Moriya negou as acusações de que teria feito lobby para a compra de equipamentos militares de uma empresa cujo dono é um antigo amigo, nesta segunda-feira à Dieta.
No depoimento feito na Câmara dos Representantes, Moriya, 63 anos, pediu desculpas por ter violado a regra que proíbe oficiais de se aproximar de empresários. Ele confessou ter jogado golfe com um ex-executivo da empresa de importação de produtos bélicos Yamada Corp. “mais de 200 vezes” em doze anos, além de terem jantando juntos em outras ocasiões.
“Foi um ato inapropriado, uma falta de prudência”, disse o ex-vice-ministro ao comitê antiterrorismo da câmara baixa.
Moriya também confirmou que em um desses jantares com o empresário Motonobu Miyazaki, 69 anos, estava presente um ex-chefe da então Agência de Defesa, mas ele se recusou a dar o nome do ministro.
Miyazaki, atualmente presidente de uma importadora similar, a Nihon Mirise Corp., também presentou Moriya com tacos de golfe. O ex-funcionário do ministério da Defesa também pagava somente 10 mil ienes por partida, valor bem abaixo do cobrado normalmente.
Mas ele negou que a aproximação com o empresário tenha influenciado na compra de produtos de defesa. Entre elas está o avião transportador CX, desenvolvido pela General Electric, cujo único vendedor oficial era a Yamada.
Moriya era conhecido dentro do ministério como “imperador” devido à sua grande influência. Ele ficou no cargo de agosto de 2003 até agosto deste ano. A Agência de Defesa foi promovida a ministério em janeiro
