Fukuda pede que ministério da Defesa investigue escândalos
O primeiro-ministro Yasuo Fukuda pediu nesta terça-feira ao ministro da Defesa, Shigeru Ishiba, a investigação da série de escândalos envolvendo o ministério e a missão de abastecimento no Oceano Índico.
“É deplorável que não haja fim nesse problema que minou a confiança do público no Ministério da Defesa e nas Forças de Defesa”, disse Ishiba, parafraseando Fukuda, em entrevista coletiva.
O ministério está sob investigação pela contradição referente ao montante de petróleo que o Japão forneceu aos Estados Unidos em uma missão de abastecimento no Oceano Índico, em fevereiro de 2003.
Na época, quando Fukuda era secretário-chefe de Gabinete do premiê Junichiro Koizumi, o ministério reportou que 200 mil galões de petróleo haviam sido fornecidos às forças armadas estadunidenses. Porém, em setembro deste ano, foi constatado que o número real fora de 800 mil galões.
A suspeita é de que o montante não-contabilizado fora usado para abastecer um porta-avião norte-americano em um operação no Iraque. O governo acusa ex-funcionário dos Ministério de Defesa pelo erro.
Uma outra revelação botou mais fogo na polêmica. O então vice-ministro da Defesa Takemasa Moriya e um ex-executivo da fabricante de equipamentos militares Yamada Corp. tiveram relações escusas durante o período. Eles seriam parceiros de golfe há um longo tempo, quando esse tipo de aproximação é proibido entre membros do governo e empresário.
Ishiba considerou isso inapropriado, em um momento em que se discutia, por exemplo, o apoio às operações anti-terroristas lideradas pelos Estados Unidos no Afeganistão e a reconstrução do Iraque.
Moriya ficou no cargo de agosto de 2003 até agosto deste ano. Ele é amigo do ex-empresário da Yamada há mais de 20 anos.