Hiroshima relembra o 62º aniversário do bombardeio atômico
Pedidos de paz e um minuto de silêncio às 8h15 desta segunda-feira marcaram o aniversário de 62 anos da explosão da bomba atômica na cidade de Hiroshima, obscurecida por críticas a atual onda de militarização do país.
Antes do minuto de silêncio, dois livros com 5.221 novos nomes de vítimas da bomba foram colocadas no monumento fúnebre do Parque Memorial da Paz. Com a inclusão dos nomes, o número de mortos subiu para 253.008 pessoas.
Cerca de 40 mil pessoas participaram da cerimônia de 45 minutos patrocinada pela prefeitura local. Diplomatas de 42 países também participaram do evento – registrando recorde de países representados.
Entre os participantes também estava o prefeito de Nagasaki Tomihisa Taue, que em abril sucedeu Itcho Ito, que foi morto por um mafioso. O ex-prefeito da segunda cidade do mundo atingida por artefatos atômicos foi lembrado durante a cerimônia.
“Ito foi uma perda no caminho para a abolição das armas nucleares”, disse o prefeito de Hiroshima, Tadatoshi Akiba.
O prefeito de Hiroshima também fez críticas ao atual governo, que está forçando a volta da militarização no Japão. “A proliferação das armas nucleares está ganhando impulso porque um punhado de líderes conservadores estão dando as costas para a realidade das armas nucleares e para a mensagem dos hibakushas (sobreviventes atômicos)”, disse Akiba em relação à recente derrota do partido governista nas eleições ao Senado.
A bomba atômica atirada pelos Estados Unidops contra Hiroshima às 8h15 do dia 6 de agosto de 1945 matou 140 mil pessoas, segundo estimativas. O segundo bombardeio atômico, contra Nagasaki, no dia 9 de agosto, matou outras 70 mil pessoas. O Japão se rendeu 6 dias depois, levando ao fim da guerra.
