1% das crianças estrangeiras está fora da escola
Pelo menos 1% das crianças estrangeiras em idade escolar que moram no Japão não está freqüentando escolas primárias e ginasiais, segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação, Ciência e Tecnologia. O governo também constatou que as crianças brasileiras estão com sérias dificuldades com o idioma japonês.
De acordo com o levantamento do governo, das 9.889 crianças registradas como estrangeiras no Japão – com idade entre 6 a 15 anos -, 112, ou 1,1%, não estão participando de atividades escolares no primário e ginásio.
Mas esse número pode ser maior pois 1.732, ou 17,5%, dos jovens não moram no local originalmente registrado, tornando impossível contatá-las. Acredita-se que a maioria deles deixaram o país sem notificar as prefeituras.
Segundo o jornal Yomiuri Shimbun, o governo suspeita que haja ligação entre jovens fora das escolas e a delinqüência juvenil ou a contratação ilegal de trabalho infantil. Um comitê de especialistas já foi formado pelo ministério com o objetivo de discutir medidas para lidar com o problema.
Quanto aos pais, 15,6% dizem que a falta de dinheiro é a principal causa para não registrarem os filhos em escolas. Já 12,6% dizem que a barreira da língua é o maior problema e 10,4% argumentam que tem planos de retornar imediatamente para o país natal. Uma outra parcela diz que as crianças precisam trabalhar ou tomar conta dos irmãos mais novos.
Em um outro levantamento do Ministério da Educação constatou-se que 22.413 estudantes estrangeiros no Japão precisam de aulas extras de língua japonesa.
Por idioma natal, 8.633 falam português, 4.471 falam chinês e 3.279 falam espanhol.