Governo encontra resistência para implantar horário de verão
Em plena terra do sol nascente, a idéia de estender as horas do dia com um horário de verão tem encontrado resistência dos trabalhadores, que dizem que será instituída a “escravização de verão”.
O governo japonês estima que se os ponteiros do relógio fossem adiantados em uma hora em abril e colocados de volta ao local original em outubro reduziriram a emissão de dióxido de carbono para até 1,4 milhão de toneladas ao ano.
Porém, esse número representa somente 0,1% das 1,29 bilhão de toneladas lançadas pelo arquipélago em 2005, segundo os últimos dados do governo.
Críticos da medida dizem que o horário de verão pode alongar o horário de serviço dos trabalhadores. Isso porque, no Japão, não existe uma carga horária máxima e a ética profissional não vê com bons olhos quem deixa o serviço enquanto ainda está claro.
“Ao invés de ir para casa às 16h ou 17h, as pessoas acabariam fazendo hora extra todo dia”, disse Tetsuo Kamota, da Associação dos Advogados dos Trabalhadores.
O governo já assegurou que impedirá as horas extra causadas pelo horário de verão.
O Japão já passou por um experiência dessas entre 1948 a 1951, quando a ocupação americana impôs o horário de verão no país. Porém, como não houve uma preparação correta, houve muita confusão por parte dos japoneses.