Japão rejeita protocolo só em 2009
Os esforços da União Européia para determinar 2009 o ano limite para um novo acordo sobre o aquecimento global receberam críticas do governo japonês.
Em um encontro em Hamburgo, na Alemanha, diplomatas europeus e asiáticos acordaram terça-feira que um novo pacto de redução das emissões de gás carbônico deve ser feito até 2009 para substituir o Protocolo de Kyoto, cujo prazo se encerra em 2012.
Na semana passada, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe já havia feito alertas sobre a necessidade de renovar e aumentar o escopo de países que aderirem ao acordo. Mas, o Japão diz que os grandes poluidores, como Estados Unidos, China e Índia deveriam assinar e cumprir o acordo o quanto antes.
“O Japão não pode concordar com esta meta de 2009 porque seria melhor pensar sobre como convidar países não signatários de Kyoto, como Estados Unidos, China, Índia e outros”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mitsui Sakaba. “Nós precisaríamos primeiro incluir estes países. Ajustar o acordo deveria vir depois.”
A Alemanha, que atualmente ocupa o posto principal de presidente rotativo da União Européia, está liderando os países de seu continente a reduzirem a emissão de poluentes. O encontro de dois dias em Hamburgo reuniu 27 diplomatas europeus e asiáticos, inclundo 10 países da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), além da China, Japão, Coréia do Sul, Índia e Paquistão.
“Nós precisamos dos asiáticos”, disse Benita Ferrero-Waldner, porta-voz da Comissão de Relações Externas da União Européia.
Os europeus concordaram em cortar pelo menos 20% das emissões de monóxido de carbono comparado aos níveis de 1990 até 2020. Foi definido também que os países pobres teriam que cumprir metas mais brandas para não comprometer o desenvolvimento
