Hirahito desaprova santuário Yasukuni, segundo diário
Um camareiro escreveu em suas memórias que o imperador Hirohito (Showa) era contra a homenagem feita no santuário Yasukuni aos criminosos de guerra e, por isso, parou de visitá-lo, segundo informações reveladas quinta-feira.
O diário foi escrito por Ryogo Urabe, que entregou seus escritos a um repórter do jornal Asahi Shimbun um mês antes de morrer, em março de 2002, aos 78 anos. Segundo seu pedido, o jornal revelou o conteúdo.
“A razão direta pelo qual o imperador parou de visitar o santuário Yasukuni é que ele estava descontente com a homenagem feita aos crimonos de guerra”, escreveu Urabe em 31 de julho de 2001.
Ele também mostrou-se preocupado com a condição física do imperador Hirohito, que governou de 1926 até o dia de sua morte em 1989. “A hora de seu destino está chegando. Eu sinto como se estivesse sob uma nuvem negra e não gosto disso”, escreveu o camareiro no dia 14 de setembro de 1987.
Após se formar na Universidade de Kyoto, Urabe se juntou à autoridade Nacional de Gestão e foi transferido para a Agência da Casa Imperial. Ele serviu como camareiro do imperador Showa por quase 20 anos.