China critica declaração de Abe sobre escravas sexuais
O ministro das Relações Exteriores da China Li Zhaoxing criticou na terça-feira o primeiro-ministro Shinzo Abe por se recusar a reconhecer o recrutamento forçado de escravas sexuais durante a Segunda Guerra Mundial.
Em uma entrevista coletiva em Beijing, Li disse que “recrutar escravas sexuais foi um dos mais sérios crimes de guerra cometido pelos militares japoneses durante a Segunda Guerra”. Ele ainda acusou o Japão de “manipular” fatos históricos como este. Além do governo chinês, a Coréia do Sul e Taiwan também fizeram críticas à declaração de Abe.
Na quinta-feira, o premiê japonês declarou que não há evidências que provem que as mulheres de países invadidos foram forçadas a trabalhar em bordéis.
O caso veio à tona após uma resolução apresentada pelo governo americano exigir retratação do Japão pelo tratamento dado às mulheres de países como China, Coréia do Sul e do Norte, Filipinas, Taiwan, Indonésia, entre outros.
Alguns historiadores acreditam que mais de 200 mil mulheres asiáticas foram coagidas a servir como escravas sexuais pelos militares de ocupação do Japão antes e durante a Segunda Guerra.
Em 1993, uma declaração do governo reconheceu e pediu desculpas pelo recrutamento forçado de mulheres – então chamadas de “mulheres de consolação”.