Sindicatos e empresas divergem sobre aumento salarial

Líderes do maior sindicato de trabalhadores e o maior grupo empresarial do país confrontaram suas opiniões sobre a distribuição dos lucros das companhias com seus funcionários.

O encontro aconteceu em Tokyo, com a presença de Tsuyoshi Takagi, presidente da Confederação dos Sindicatos do Japão (Rengo) e Fujio Mitarai, da Nippon Keidanren (Federação dos Empresários do Japão), foi considerada uma prévia das negociações anuais entre empregados e patrões, conhecidas como shunto, que ocorrem no fim do ano fiscal japonês – em abril.

Os sindicatos querem um aumento mais siginificativo e que seja extensível a todos, citando a recuperação da economia nos últimos anos. Mitarai, porém, é contra o plano. “Para sobreviver, toda companhia precisa melhorar sua produtividade e sua competitividade internacional”, disse Mitarai.

A discussão em torno dos aumentos salariais será o principal assunto no shunto deste ano. Durante o encontro, Takagi declarou que a porcentagem de ganhos das empresas destinadas aos funcionários está diminuindo.

“Enquanto a torneira permanecer fechada para os trabalhadores, os gastos familiares continuarão sendo sugados mesmo com o tanque cheio”, disse Takagi.

Além disso, o representante da Rengo pediu pela melhora nas condições de trabalho para os empregados de meio-período e para os trabalhadores temporários, incluindo o aumento dos pagamentos e a efetivação deles. Takagi disse que o crescimento da população que se sustenta com trabalhos temporários está aumentando as diferenças sociais entre ricos e pobres.

O sindicato acredita, porém, que não conseguirá um aumento salarial unificado pois a organização abriga trabalhadores dos mais variados tipos de empresa. Empregados da Toyota, por exemplo, esperam ter um aumento de 1,5 mil ienes pelos bons resultados no ano.

Mitarai disse que os reajustes para corporações que estão em recuperação devem ser feitos em forma de lump-sum e em bônus, o que significa que cada companhia decidiria os aumentos salariais de acordo com sua capacidade e com seus ganhos.

Outro motivo de divergência entre as duas partes está na introdução da “liberação do colarinho branco”, um sistema no qual o empregado que trabalha com horário próprio será pago com base em seus feitos, ao invês de horas trabalhadas.

“É totalmente inaceitável introduzir esse sistema quando trabalhadores ainda trabalham longas horas e fazem hora extra de graça”, disse Takagi. Já para Mitarai, o sistema é justo: “Funcionários de colarinho-branco devem trabalhar de acordo com suas realizações, não por horas trabalhadas”.

Redação Made in Japan Redação do site Made in Japan
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Fonte: BCB (22/04/2024)
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