Justiça rejeita permanência para família iraniana
Autoridades de imigração japonesas rejeitaram, nesta sexta-feira, o pedido de uma família iraniana que queria uma permissão especial de moradia para continuar vivendo no Japão, por causa da dificuldade que as duas filhas teriam em se adaptar à vida no país natal.
Porém, o Ministério da Justiça estendeu o prazo de permissão temporária para Amine Khalil, 43 anos, sua esposa, de 39, e suas duas filhas, com 18 e 10 anos, poderem continuar vivendo no país por mais um mês.
Em Tokyo, Amine contou à repórteres que não tem a intenção de voltar ao Irã uma vez que suas filhas cresceram no Japão e teriam dificuldade em adaptar-se às regras do país. Ele também acrescentou que elas falam japonês com perfeição e não sabem nada da língua persa.
A filha mais velha do casal, Maryam, contou que ela quer viver no Japão com seus amigos japoneses. “Eu quero escolher a minha vida”, disse a jovem, que pretende fazer enfermagem e está matriculada num colégio da província de Gunma. “Eu posso conseguir a admissão para a faculdade e me graduar ao lado dos meus amigos”.
Amine veio ao Japão em 1990, seguido por sua mulher e sua filha mais velha um ano depois. A criança mais nova nasceu no país em 1996. Em 1999, eles pediram a permissão especial de moradia. O pedido foi negado e a justiça ordenou a deportação da família. Desde então, eles travam uma batalha para permanecer no país.
A permissão especial para permanecer no Japão é concedido em poucas ocasiões desde 2000 para pessoas que tiveram o visto expirado e cujas crianças já estão acostumadas com o Japão e que teriam problemas em se ajustar à vida na terra natal.