Japão quer manter direito de enriquecer urânio
O jornal Nihon Keizai Shimbun diz em sua edição desta terça-feira que o Japão vai propor à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que o país continue a ter o direito de enriquecer urânio para usinas de geração de energia. A 50ª reunião da AIEA, iniciada hoje em Viena, tem como foco propostas para prevenir a proliferação de armas nucleares e, ao mesmo tempo, assegurar que os países que têm usinas nucleares continuem a ter acesso a combustível para fins pacíficos.
“O Japão vai desempenhar um papel de liderança no uso pacífico de energia nuclear na Ásia”, disse o ministro de Ciência e Tecnologia, do Japão, Iwao Matsuda. Liderados pelos EUA, os seis países que atualmente exportam combustíveis nucleares estão propondo um sistema pelo qual eles forneceriam urânio enriquecido aos países que renunciarem à tecnologia de refino. A idéia do Japão, segundo a proposta a ser apresentada oficialmente pelo presidente da Comissão de Energia Atômica do país à AIEA, é que o país tenha acesso ao combustível nuclear importado e continue podendo enriquecer urânio de maneira autônoma.