No aperto
Feitos para acomodar os trabalhadores que perderam o trem (que pára de funcionar depois da meia-noite) ou notívagos, os hotéis-cápsula viraram mania no Japão. Com 1 metro de largura, 1 de altura e 2 de comprimento, o ponto forte da invenção, como se pode perceber, não é o conforto, mas a praticidade. O quarto, é claro, foi projetado para acomodar somente uma pessoa. As cápsulas oferecem TV a cabo, rádio, relógio com despertador e criado-mudo improvisado. Alguns hotéis oferecem até sauna, bar e restaurante. Mas isso não ameniza a dura tarefa de ter de dormir quase imóvel e correr o risco de aturar o ronco do vizinho.
A imagem de inúmeras portinhas empilhadas pode não ser uma das melhores para os ocidentais, pois lembram imediatamente as gavetas de necrotério, mas a invenção já virou curiosidade na cultura japonesa. A idéia foi desenvolvida nos anos 70, pelo arquiteto Kurokawa Kisho.