Maki Nomiya e Fernanda Takai fazem show em São Paulo
Maki Nomiya (ex-vocalista do grupo japonês Pizzicato Five) e Fernanda Takai (do Pato Fu) iniciaram no dia 24 de junho uma série de três apresentações no SESC Pinheiros, em São Paulo, que terminou no domingo 26. O show fez parte do projeto “O Japão em Imagens e Sons”, que se estende até o dia 31 de julho.
Fizeram parte do repertório versões de músicas como “There Must Be an Angel” (de Annie Lennox) e “Ordinary World” (Duran Duran), e também músicas conhecidas do Pato Fu e Pizzicato Five, como “Made in Japan” e “Twiggy Twiggy”, respectivamente.
“Twiggy Twiggy”, aliás, levantou o público para acompanhar as cantoras na típica coreografia. Sucesso dos anos 90, foi a música responsável por projetar o Pizzicato Five no mundo.
Maki, além de cantora, também desenvolve trabalhos relacionados à moda. Depois de ter trabalhado a marca Mini She, ela atualmente administra a Joy, que tem a própria Maki como designer. A cantora, inclusive, é quem escolhe seus figurinos para os shows.
Confira, a seguir, a entrevista que a equipe do Made in Japan fez com Maki Nomiya.
Entrevista: Maki Nomiya
O quanto você dedica do seu tempo para o mundo da música e para o mundo da moda?
Gosto bastante de moda. Dentro de mim, a moda e a música têm uma relação especial. “Empresto” a minha expressão, e tanto a música como a moda são igualmente importantes.
O que você prefere: ser cantora ou fashion designer?
[Pensa um pouco] Ser cantora. Ser cantora, cantar é o meu trabalho. Sendo assim, posso fazer outros trabalhos.
Como está atualmente a sua marca Mini She?
A Mini She foi descontinuada e prossigo agora com a marca Joy. Atualmente, minha marca se dedica à confecção de chapéus e estou como designer de chapéus.
Como são os chapéus?
São chapéus pequenos, com expressão delicada e sexy, inspirados nos anos 60.
Você pensa de forma igual o mundo da música e o mundo da moda?
Sim, penso da mesma forma. Os músicos que me influenciaram no início foram bandas de rock como David Bowie e T-Rex. Gosto muito do glam rock, que representou muito não apenas para a música, mas para a moda também. Recebidas estas influências, pensei comigo: “quero ser eu”. Fui ao palco e finalmente me transformei em Maki Nomiya.
No Brasil, a música “Twiggy Twiggy” é muito famosa.
Sim, hoje mesmo, o pessoal estava dançando e fiquei feliz.
Você fica impressionada com isso?
Sim, me impressiono. “Twiggy Twiggy” se tornou conhecida através do Pizzicato Five, mas antes dele, eu tinha uma carreira solo e cantava esta música. O álbum de estreia daquela época continha esta música. O P5 fez cover e, assim, ela se tornou mundialmente conhecida. Esta música é importante porque faz parte da fase inicial da minha carreira e poder cantar assim, ser ouvida pelo mundo, dançar junto, me deixa muito feliz.
Você tem planos de vir mais vezes para Brasil cantar?
Sim, esta é a segunda vez que venho. Três anos atrás, vim para o Festival Eletronika. Mas um show aqui em São Paulo, foi a primeira vez.
E como foi?
Foi divertido!
Tem planos de cantar com outros cantores brasileiros?
Isso ainda não sei, mas me dei muito bem com Fernanda Takai e fizemos juntas um mini-álbum. Gostaria de fazer outros trabalhos juntas. Mas se tiver outros músicos brasileiros, com certeza [gostaria de participar].
E sozinha?
Sozinha também! Mas Noboru é meu personal stylist… [Noboru participou do show dançando com Maki no bis.]
Recentemente, o Japão ganhou destaque tanto na mídia brasileira como no mundo afora por causa do terremoto de 11 de março.
O Japão recebeu bastante auxílio do Brasil e sinto-me grata de corpo e alma por vir aqui cantar. O meu trabalho é ser cantora e gostaria de transmitir para o mundo através das músicas as coisas felizes de Tóquio. Penso que este é o meu trabalho e quero dizer muito obrigada.
Agradecimento: Alessandra Odazaki (tradução) e Jo Takahashi