O que é kombucha?
A partir daí, muitos começaram a me mandar mensagens questionando se o veículo tinha errado ao afirmar: “A preparação é feita a partir do kombu, uma espécie de alga.”
Bom, a confusão acontece porque existem dois “kombucha”: 昆布茶 e o コンブ茶 e ambos são escritos “kombucha” no nosso alfabeto. No Japão, a moda retornou depois de 40 anos. Isso mesmo. Há 40 anos, um chá chamado KOUCHA KINOKO (紅茶キノコ) era amplamente consumido no país. Devido aos seus benefícios imunológicos, que cura ou alivia artrite, diabete, diarreia, edema, gota, pressão sanguínea e reumatismo, parece curar tudo. Um milagre. Só que não é bem assim. O kombucha não é uma bebida com receita específica, podendo ter infinitos caminhos.
Kinoko é a tradução de “cogumelo”, já que durante a fermentação do chá, forma-se uma gelatinosa e viscosa “pizza” na superfície. Com o tempo e o peso, ele pode afundar um pouco. Quando as suas bordas espessas começam a se curvar para baixo, os japoneses tiveram a impressão de ter um enorme cogumelo dentro do chá preto. Por isso ganhou esse nome de koucha = chá preto e kinoko = cogumelo. (leia mais sobre bebidas probióticas na edição #21 da Hashitag)
Há tempos, quando o chá foi levado da Coreia para os EUA, este fungo tinha a pronúncia de KOM. O cultivo-mãe, termo japonês que usamos também para a produção de sake para dar o pontapé inicial na fermentação, é chamado de “shubo” (shu, de sake, e bo, de mãe). Como esse cultivo-mãe era imerso em um chá, com o tempo, a bebida passou a ser chamada “kombucha”.
Agora, se você for a um restaurante ou pousada tradicional no Japão e pedir um kombucha, talvez seja servido um chá com tiras de alga kombu e uma pitada de sal. Mais parece uma sopa, mas muito saborosa e revigorante. A matéria descreveu justamente este chá, que não tem nada a ver com o outro, que é doce, azedo e levemente frisante.