Quando amor e gastronomia caminham juntos…
Mais tarde, a família reunida à mesa para a refeição torna-se outra forma de trocar afeto. É o momento em que nos alimentamos não só da comida posta à mesa, mas também do afeto e carinho dos nossos familiares. Essa questão afetiva vinculada à alimentação, mais tarde, é estendida aos amigos e colegas de trabalho. Raramente chamamos para um cafezinho pessoas de quem não gostamos.
Isso tudo se encaixa na minha história com a culinária japonesa. Quando era pequena trabalhava com meus pais fazendo shows de mágicas. Lembro que na volta dos shows jantávamos num restaurante japonês no bairro da Liberdade. Eram momentos muito positivos porque, além da questão da afetividade, da família reunida, ainda carregávamos a sensação de “missão cumprida” pelos shows realizados naquele dia. Levávamos alegria às pessoas e com a mesma alegria nos alimentávamos.
Adoro a culinária japonesa e como praticamente de tudo. Enquanto saboreio os alimentos, me lembro dos meus pais, da minha família, dos meus ancestrais, dos valores culturais que me edificam e que sou grata. Até hoje quando saio para comer num restaurante japonês, saio sempre com quem gosto, com quem me sinto bem. Uma boa companhia é muito importante já que cada porção de alimento que é levado para dentro do corpo carrega também um pedaço de sua história.
Meiry Kamia é palestrante, psicóloga, mestre em Administração de Empresas e consultora organizacional. Site: www.meirykamia.com
Leia a entrevista com a psicóloga Meiry Kamia, na Made in Japan.