Washoku é reconhecido como patrimônio mundial
A gastronomia tradicional japonesa acaba de ser reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. Nesta semana, entre os dias 2 e 7 de dezembro, a Unesco está em reunião em Baku, no Azerbaijão, para definir a lista dos patrimônios que merecem atenção para que as tradições não se percam.
Denominada como “washoku” (和食), a culinária tradicional reflete a harmonia (和) dos ingredientes e sabores à qual as refeições (食) são submetidas. Desde a escolha dos ingredientes e temperos até os métodos de preparo e consumo, o washoku preza pela sazonalidade dos alimentos e as qualidades de cada estação do ano. Além da culinária japonesa, a culinária francesa, mexicana e mediterrârea também já receberam tal título.
Por que o washoku merece o título de Patrimônio Cultural Intangível da Humanidade?
O uso de ingredientes correspondentes a cada estação do ano e a escolha de sabores que harmonizam com o clima demonstra o cuidado com o aproveitamento dos sabores que a natureza tem a oferecer. O fato de as quatro estações serem bem definidas no país contribui para que os chefs consigam adaptar os cardápios de acordo com as mudanças climáticas.
Cada refeição é apresentada com o cuidado de quem “come primeiro pelos olhos”. Desde o corte dos ingredientes à folha decorativa, tudo é pensado como um processo que refletirá na forma que a comida será saboreada.
A culinária japonesa foi se transformando com as adaptações feitas ao paladar de cada país. Entretanto, o resgate à comida tradicional japonesa mostra o balanço nutricional aplicado às diferentes porções servidas em uma refeição.
Uma refeição tradicional está diretamente ligada às manifestações culturais como festivais de ano novo e de celebração de colheitas. O washoku é tido como uma refeição para ser compartilhada em família ou entre membros de uma comunidade, importante para estreitar os laços e aproximar pessoas.