História da formação em gastronomia
A primeira escola de Gastronomia Le Cordon Bleu foi fundada em 1895 em Paris com o intuito de ensinar os segredos da cozinha francesa para as filhas das famílias ricas. A França foi o berço da codificação dos procedimentos e técnicas culinárias, contribuindo para o estabelecimento de um vocabulário técnico específico de gastronomia e para a unificação do entendimento das receitas.
Ao longo do século XX, surgiram outras escolas gastronômicas naquele país, sendo que as mais renomadas são o Institut Paul Bocuse, em Lyon, e a escola Lenôtre, em Plaisir. Ainda na França, em 2001, surgiu o Instituto Europeu de História da Alimentação (IEHA), com a finalidade de estimular e promover a troca de experiências entre historiadores, sociólogos, geógrafos e outros pesquisadores.
A partir do final da década de 90, quando surgiu o primeiro curso de Gastronomia no Brasil, o crescimento da oferta de vagas tem sido constante e cada vez mais acentuado. Conforme levantamento feito no MEC, conta-se
104 cursos de Gastronomia, sendo que 96 destes são cursos de tecnologia, e os demais são de bacharelado. Os cursos oferecidos no Brasil apresentam um mix de disciplinas teóricas, como Microbiologia e Higiene dos Alimentos, História da Gastronomia, Marketing, Administração Financeira e Gestão de Pessoas, bem como disciplinas de cozinha, como Habilidades Básicas de Cozinha, Panificação, Cozinha Italiana, Cozinha Francesa, Cozinha Mediterrânea e outras.
Ingrid Schmidt-Hebbel é coordenadora do curso de Tecnologia em Gastronomia no Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro, professora dos cursos de Tecnologia em Gastronomia e de Bacharelado em Nutrição