Imagawayaki, doce feito em família
A Feira da Liberdade funciona há pouco mais de 40 anos e a barraca que serve o imagawayaki também. O doce japonês simples não é muito açucarado e é servido quente, muito fácil de conquistar o paladar de quem prova pela primeira vez, que sempre acaba querendo mais.
Silvia Maeda conta que seu avô viajou ao Japão antes de abrir o negócio e de lá vieram a receita e a primeira chapa usada no preparo. “Apesar de meu avô não ter dotes culinários, numa viagem ao Japão em 1970, ele conheceu esse doce de nome imagawayaki. Na volta, ele trouxe a primeira chapa fundida de cobre e testou várias massas até chegar ao ponto que é hoje”, conta Silvia que agora assumiu o cargo do avô.
O trabalho ao longo da semana envolve o preparo do doce e dos materiais para a barraca, Silvia conta que tudo é feito artesanalmente “A rotina do preparo do doce começa logo na segunda-feira e fica na responsabilidade do meu marido Pedro Maeda e meu tio Walter Tanigaki, tudo é feito por nós “, declara.
A renda familiar é focada no trabalho realizado na feira. Tanto Silvia e o marido, que já são aposentados, quanto os filhos, têm uma profissão que não é necessariamente ligada a gastronomia, mas sempre acabam optando por ajudar ali.
O projeto iniciado pelo avô de Silvia há mais de 40 anos agora está sendo passando para sua quarta geração, mantendo viva uma tradição comum no Japão e que vem criando raízes no Brasil.