O trabalho no balcão de sushi
“Quando chegamos ao restaurante, o principal é a preparação. Conferir se todos os ingredientes estão em ordem, depois começamos a pensar no que será servido durante o dia. No Aizomê, como trabalhamos em dupla, dividimos da seguinte forma: um fica no balcão, cuidando do arroz e acompanhamentos, enquanto o outro fica responsável por abrir os peixes”, explica Victor.
O contato com os clientes é um fator que Victor considera altamente positivo. “Eu gosto de trabalhar no balcão. Sempre conhecemos uma pessoa diferente, ouvimos uma história diferente. A melhor parte é perceber a satisfação do cliente com o que estamos fazendo. Da mesma forma, percebemos a insatisfação também. Precisamos ter sensibilidade”.
Outro ponto destacado por Victor é o respeito para com o restaurante onde se trabalha. “Todos os que estão aqui hoje trabalharam em outros lugares antes. Quando entramos aqui, tivemos que nos adaptar. Claro que, com o tempo, acrescentamos nosso toque pessoal. Não é a casa que tem que se adaptar ao nosso estilo. Até mesmo o sushi, temos que fazer de acordo com o estilo do restaurante”, afirma.
Como dificuldade no início da carreira, Victor menciona o relacionamento com o chefe. “Trabalhei com um chefe que pegava no pé. Mesmo fazendo tudo certo, ele implicava para testar a paciência, para ver até onde eu aguentava. Porque não é um serviço fácil”, avalia.
Por isso, para um sushiman iniciante, Victor aconselha: paciência e força de vontade. Além disso, ele defende a linha mais tradicional de trabalho. “No começo, trabalhei em rodízio. Na época, estava em alta, mas eu pensava que algum dia ia cair. Respeito, é um trabalho como qualquer outro. Eu procuro sempre estar próximo do tradicional. É algo de 500 anos, que tem uma tradição por trás. Eu sempre acreditei e ainda acredito que o tradicional é que vai permanecer. Por isso, aconselho quem estiver começando a procurar o tradicional”, finaliza Victor.
Continue lendo…
Conheça os principais tipos de sushi
Balcão, o lugar de destaque