Conteúdo da Hashitag #15

Cerveja artesanal e oriental

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A Japas Cervejaria surgiu em 2014 como resultado da iniciativa de cinco amigas-sócias-parceiras, como se autodefinem. Originalmente, o grupo era formado por Carolina Oda, Carolina Okubo, Fernanda Ueno, Maíra Kimura e Yumi Shimada.

“Sempre que nos encontrávamos, brincávamos com o fato de sermos várias descendentes de japoneses atuando no mercado de cerveja, e que isso renderia uma boa cerveja com essa temática”, conta Maíra.

“A brincadeira foi ficando um pouco mais séria quando vimos que tínhamos um potencial para criar produtos muito interessantes, e começamos a buscar parceiros para realizar nosso projeto. Em dezembro de 2014 nos reunimos na Cervejaria Nacional para fazer a primeira brassagem da nossa Wasabiru, que foi lançada em janeiro de 2015”, continua.

A Wasabiru é uma cerveja tipo pale ale, produzida com lúpulo japonês Sorachi Ace. O wasabi é acrescentado durante a maturação “para aumentar a refrescância”, explica Maíra. “No aroma, encontra-se notas cítricas de limão e eucalipto, que na boca garante amargor limpo e intenso”, completa.

O grau alcoólico da Wasabiru é de 5,5%, e IBU (International Bitterness Unit, unidade de medida do amargor) 45.

Cervejaria cigana

A Wasabiru foi desenvolvida sob o sistema de “cervejaria cigana”, ou seja, no caso de o cervejeiro ter a receita e a marca, mas não os meio de produção propriamente ditos. “Muitas das vezes, [os cervejeiros] operam com a capacidade ociosa de outras cervejarias para fazer o seu produto. No entanto, hoje já existem fábricas se especializando nesse mercado de produzir para outras marcas”, explica Maíra.

Isso reflete o aumento de interesse dos consumidores pelas cervejas artesanais. “Acredito que tenha começado com as pessoas viajando mais e conhecendo cervejas novas, ou provando uma ou outra importada que tinha nos bares daqui. Se pensar em uns 10 anos atrás, havia pouca cervejaria artesanal no Brasil, mas a partir do momento em que foi crescendo a demanda por produtos mais especiais, foi crescendo também a oferta”, avalia Maíra.

Assim como acontece com outros produtos artesanais, a tendência é que a cerveja produzida dessa forma contenha ingredientes de qualidade superior e processo de fabricação mais apurado. “Além de ter toda uma gama de sabores, estilos e personalidade que as cervejas de massa não têm”, completa.

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(Da esq. para dir.) Carolina Oda, Carolina Okubo, Maíra Kimura, Yumi Shimada e Fernanda Ueno Foto: Divulgação

Pontos de experiência

Todas as integrantes já eram atuantes no ramo e continuam com suas atividades individualmente. Maíra explica que cada uma “faz um pouco de tudo” no grupo.

Maíra é cervejeira e sócia da cervejaria 2cabeças, no Rio de Janeiro. Carolina Okubo e Fernanda, também cervejeiras, trabalham na área de produção da Invicta e Colorado, respectivamente, em Ribeirão Preto-SP.

Yumi é sommelière e diretora de arte em uma agência de publicidade em São Paulo. Seu trabalho inclui a autoria de vários rótulos de cervejas.

Para lidar com a distância entre as integrantes, elas usam a tecnologia que está plenamente acessível hoje em dia, mas nem todo mundo aproveita decentemente. “Temos reuniões periódicas via Skype e estamos sempre nos falando, seja por e-mail, Facebook, WhatsApp… Hoje, com tantas opções de comunicação, a distância não é um problema”, finaliza Maíra.

No início de maio de 2015, o grupo anunciou que Carolina Oda se desligou da Japas Cervejaria, continuando seu trabalho como consultora e sommelière.

Até o fechamento desta edição, a Wasabiru encontrava-se esgotada. Acompanhe a fan page da Japas Cervejaria no Facebook para saber informações a respeito de uma nova produção: www.facebook.com/JapasCervejaria

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