Expedição Izakaya
editora Melhoramentos criou uma estratégia singular: convidar jornalistas
e blogueiros especializados em gastronomia para um percurso monitorado por alguns botecos que constam no livro. Esse percurso apresentou-os às peculiaridades de cada estabelecimento e introduziu-os ao universo das comidinhas típicas de bar, com harmonizações de saquês importados das melhores procedências. Este acontecimento foi batizado de “Expedição Izakaya”, até por conta de seu aspecto de desbravamento e descobertas. Coube à Agência Noz-Moscada contatar os possíveis participantes e montar o agendamento. A editora Melhoramentos, através de seu departamento de marketing, cuidou de toda a logística de envio dos convites e translados dos convidados, principalmente para o retorno seguro e responsável às suas residências, afinal, o percurso incluía degustações de vários tipos de saquês.
Coube ao próprio autor sugerir o percurso e falar sobre o conteúdo do livro, a história dos izakayas e outras curiosidades. Para falar sobre os saquês, foi convidada a consultora e sommelière Sonia Yuki Yamane, que selecionou os saquês que mais se harmonizariam com o perfil gastronômico de cada estabelecimento. Para esta operação, foram convocadas todas as importadoras de saquês que disponibilizaram garrafas das melhores marcas para este encontro mais do que especial. Afinal, os convidados são formadores de opinião e eles estariam lá não só para fazer uma mini-imersão nos ambientes dos izakayas, mas provar de fato as harmonizações possíveis dos saquês com os petiscos.
O percurso padrão sugerido: começar no Kintaro, um barzinho bem informal, depois passar por dois izakayas clássicos, o Kabura e o Issa, todos estes no bairro da Liberdade, para finalizar num ambiente mais contemporâneo, o Bohn, nos Jardins.A ideia era mostrar que mesmo no universo izakaya, há uma variedade de propostas, tanto gastronômicas como etílicas ou atmosféricas. No Kintaro, por exemplo, é proibido procurar conforto. Os clientes se equilibram nos banquinhos altos no balcão ou então se instalam na calçada, nas mesas e cadeiras de fórmica. E há até os habitués que não se importam de ficar horas no balcão, em pé. Não importa. A comidinha é boa, caseira e a cerveja amiga é acolhedora. É só o que basta. Dona Lyria pilota um fogão de duas bocas, e com alguma sorte, ela pode estar trazendo coxinhas quentinhas.
Já no Kabura, a atmosfera é solene, com algum toque de mistério. Da grelha com a brasa bem controlada saem anchovas inteiras, temperadas apenas com sal grosso. E da cozinha, pratos surpreendentes, como o frango especial à milanesa, para ser compartilhado.
No Issa, o campeão de pedidos é o takoyaki, bolinho de polvo. E a simpatia de dona Margarida, que acolhe a todos como uma mãe. Há pratos que são servidos somente lá, como dashimaki tamago, uma levíssima omelete à moda japonesa, e o sara udon, um macarrão finíssimo parecido com cabelo de anjo, no molho de frutos do mar.
O Bohn foi reservado para o final, porque tem um ambiente acolhedor, com uma proposta de culinária doméstica, porém, muito sofisticada.
Quem participou, gostou e pediu bis. Até porque seria quase impensável percorrer quatro botecos numa noite só, percebendo as diferenças entre cada casa, com orientações detalhadas sobre os saquês consumidos e as delícias que foram servidas.