Conteúdo da Hashitag #10

A Ásia é aqui

Cashew Beef, boa pedida no almoço.
Cashew Beef, boa pedida no almoço Fotos: Victor Moriyama/Divulgação
Um dos pioneiros a difundir os sabores da Ásia em São Paulo foi o restaurante Matsuri na Vila Mariana. Comandado pelo chef Edo Komori, reinou absoluto durante alguns anos como o único representante da culinária tailandesa na cidade no início dos anos 90. A vida deste restaurante foi efêmera.

Anos depois o chef ainda tentou, mais uma vez, emplacar a cozinha asiática na mais cosmopolita das cidades brasileiras. O Danang, no Itaim Bibi, oferecia o requinte da culinária tailandesa aliado ao exotismo da cozinha vietnamita, mas parecia que o público ainda não estava interessado nas sutilezas dessa cozinha leve e picante.

Agora, os tempos são outros, o público está mais curioso, à procura de novidades. E a novidade atende pelo nome de Tian. Inaugurado em fevereiro de 2013, já conquistou nesse mesmo ano o prêmio na categoria Bom e Barato da Comer e Beber, da revista Veja São Paulo, considerado o melhor indicador de tendências gastronômicas no Brasil.

Comandado pela chef tailandesa Marina Pipatpan, que já assinou o cardápio do Mestiço, ela divide a administração com seu marido, o restaurateur Cyro Sá. O casal chamou o chef catarinense Fernando de Souza para comandar o fogão e manejar a panela wok. O chef se formou no Institute of Culinary Education e cumpriu vários anos de prática em Miami Beach.

Um passeio de Tuk-Tuk pra fechar o almoço em grande estilo.
Um passeio de Tuk-Tuk pra fechar o almoço em grande estilo.
A proposta do Tian (que significa paraíso celestial em chinês tradicional): compartilhar bons momentos. Os pratos têm como conceito uma releitura das receitas asiáticas clássicas, com técnicas modernas de preparação, porém com temperos mais leves e menos picantes. São receitas colhidas na China, Vietnã, Japão, Tailândia, Coreia e Filipinas. Ou seja, Ásia on Parade.

Um dos pratos campeões de pedido lá é a Picanha Thai. São finas fatias de picanha servidas ao ponto, mal passado por dentro, e exatamente como na Tailândia, acompanhado por bolinhos sticky rice, feitos com o arroz glutinoso de moti. O molho que acompanha se chama “tigre que chora”, levemente picante. Como esse molho é delicioso, ativa as papilas gustativas e as pessoas acabam comendo tudo. “Por isso, não sobra nada para o tigre, e ele chora”, brinca Marina Pipatpan.

Uma boa pedida é conhecer o almoço executivo do Tian. Nesse horário, são servidas três opções de prato principal, acompanhados de uma salada de mix de folhas e tomates com um vinagrete vietnamita, à base de molho de peixe e limão, e, por fim, uma salada de frutas, que é infusionada com uma redução de chá oolong (tradicional chá chinês) e mel. Tudo isso por R$ 36.

Tian - para compartilhar.
    Estas são as três opções do executivo:

  • Gapao: Prato tradicional tailandês, feito com frango salteado na wok, com folhas de manjericão, que confere um aroma especial. O frango é selado e recebe caldo de frango e molho de ostras, que reduzido se transforma em um caldo grosso e suculento. Vem com arroz tailandês de jasmim e ovo frito.
  • Salmão Wasabi: São 140 g de salmão empanado em farinha de arroz e frito, regado com uma redução de laranja e molho teriyaki. O prato é finalizado com sementes de gergelim. Acompanha purê com wasabi – uma surpresa saborosa!
  • Cashew Beef: É uma releitura da casa para o prato tradicional da cozinha mandarim. Pedaços de filé mignon salteados na wok, com pimentão vermelho e amarelo, cenoura, molho de ostras, óleo de gergelim e gengibre. Acompanha arroz tailandês de jasmim e ovo frito.

Para o almoço ficar inesquecível, agende um passeio de tuk-tuk, um triciclo motorizado, típico da Tailândia. Ele atende o bairro, para buscar os clientes.

Tian

Onde*: R. Manuel Guedes, 499, Itaim Bibi – São Paulo – SP
Tel.: (11) 2389-9399
Site: www.tianrestaurante.com.br

*Post atualizado em 18 de janeiro de 2018.

Jo Takahashi Jo Takahashi foi consultor de arte e cultura na Japan Foundation, onde atuou por 25 anos como administrador cultural. Agora, migra essa experiência para a sua produtora independente, a Dô Cultural, que propõe um conceito design de formatar e desenvolver o projeto cultural.
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