Falando sobre Liga da Justiça – sem spoilers
A primeira coisa que precisa ser dita é que a Liga da Justiça deu liga. O filme é, junto com Mulher-Maravilha, um dos melhores trabalhos da parceria a DC e Warner dos últimos tempos.
A verdade é que você sente a personalidade dos personagens que já conhece dos quadrinhos e desenhos, finalmente encaixando nos atores, mesmo aqueles que estão entrando agora para a festa, como é o caso de Jason Momoa como o Aquaman, Ray Fisher como Ciborgue e Ezra Miller, de Flash.
Os diálogos estão entrosados e o roteiro foi honesto, apresentando uma união dos personagens em volta de uma perda e o ressurgimento da esperança. O Lobo da Estepe é um vilão fraco, mas isso pode ser explicado. Desenvolver toda uma jornada de busca e renascimento em apenas um filme torna as coisas naturalmente corridas, além do mais, muitos vilões clássicos são fortes para comics, mas nem sempre pegam bem nas telas.
A batalha dos heróis mostra a fórmula da Liga: um trabalho em equipe para um bem maior. É preciso admitir que é uma sequência que faz jus ao slogan “Você não pode salvar o mundo sozinho”.
Das piadas, temos aí algo a se pensar, algumas jogadas arrancam mais risos do que outras, enquanto algumas simplesmente não fazem diferença. Muito do que se viu nos trailers, ou foi dito como certo em alguns momentos, não aparece. Mas, isso não afeta o desenrolar do filme, só deixa uma vontade por algo mais.
Liga da Justiça apresenta duas cenas pós créditos, uma não tão necessária, mas que é a clássica história que se vê em momentos leves dos quadrinhos – já foi ilustrada na TV pelas séries da CW e também nos desenhos animados – e a outra que aparece literalmente após todos os créditos, que faz bem seu trabalho, nos deixa de queixo caído com a presença dos personagens e com vontade de ver mais.
Duas coisas ficam claras ao sair do cinema: o Universo DC nas telas foi salvo e a ‘Era dos Heróis’ está firme e forte.