Kintsugi, a arte de aceitar a imperfeição
Na estética japonesa, esse princípio é baseado no “wabi-sabi”, que abrange a percepção do belo a partir de uma visão mais profunda da elegância discreta, da aceitação da transitoriedade da vida.
Mais do que restaurar aquilo que foi quebrado, esta técnica dá um novo significado à peça transformando-a em algo belo ao aceitar (por que não?) suas imperfeições.
De onde vem o kintsugi?
Diz-se que a técnica chegou ao Japão no período Muromachi, quando o shogun Ashikaga Yoshimitsu (1358-1408) quebrou uma de suas peças de chá e a enviou para ser consertada na China. Ao receber de volta a peça, se assustou com as remendas em metal e pediu para que um de seus artesãos encontrasse uma solução melhor e assim surgiu a técnica do kintsugi.