Japão recicla eletrônicos para fazer medalhas olímpicas
Ouro, prata e bronze de aparelhos eletrônicos reciclados serão a matéria-prima para as medalhas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020. Para conseguir o material, o comitê organizador dos jogos criou um programa de arrecadação de celulares e outros aparelhos eletrônicos pequenos como laptops e câmeras digitais.
A campanha foi anunciada no dia 30 de fevereiro de 2017 e foi marcada pela arrecadação dos primeiros aparelhos doados por servidores públicos no edifício do Governo Metropolitano de Tóquio.
Mas, a arrecadação geral deve começar mesmo em abril. Além de envolver toda a população japonesa a participar, o projeto ainda levanta a bandeira ambiental para promover a sustentabilidade do reuso dos metais que seriam descartados.
Para sustentar a ação, o comitê organizador dos jogos conta com o apoio da empresa de telefonia NTT Docomo, do Governo Metropolitano de Tóquio, do Ministério do Meio Ambiente e do Centro de Saneamento Ambiental do Japão.
O projeto também visa reduzir os custos dos jogos, especialmente depois que o orçamento chegou aos 3 trilhões de ienes (26,5 bilhões de dólares) e passou por cortes para atingir os 16,8 bilhões de dólares. O comitê organizador espera recolher pelo menos 8 toneladas de metais para fabricar 5 mil medalhas para as Olimpíadas e Paralimpíadas de 2020.
Os pontos de arrecadação ainda não foram divulgados, mas os planos é que sejam instaladas caixas em mais de 2.400 lojas da NTT Docomo e em escritórios públicos do Japão.
Medalhas e reciclagem
Esta não é a primeira vez que as medalhas olímpicas são feitas de metais reciclados. Em 2010, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno de Vancouver também contaram com uma iniciativa semelhante, reutilizando metais de aparelhos de televisão, computadores e teclados.
Porém, esta será a primeira vez que um projeto convoca a população para recolher pequenos aparelhos eletrônicos para esta finalidade.
Fontes: Reuters, Tokyo2020.jp, Cnet.com