Awamori
Passei a virada do ano de 2007 para 2008 em Okinawa. Perto da meia-noite, fomos até um centro comunitário e ficamos bebendo awamori, esperando a vez de tocar um grande sino para comemorar o Ano-Novo.
Eu já tinha ouvido falar, mas nunca havia experimentado. Sabia que era uma bebida de teor alcoólico elevado, mas não fiquei muito preocupado. Ainda mais porque o copo era preenchido com uma parte de awamori e outra parte de água. Felizmente gostei, porque a outra opção era a cerveja local, que, confesso, não consegui beber mais que uma lata.Para mim, foi uma satisfação conversar um pouco com o senhor Tsutomu Oshiro, presidente da Chuko Awamori Distillery, de Okinawa, no evento Kokushu (leia cobertura neste link). Ele explicou que as pessoas em Okinawa costumam diluir um pouco o awamori com água para que possam ficar bebendo por mais tempo em confraternizações como aquela.
Eu ainda tinha uma dúvida fundamental. Na época, meu primo presenteou minha família com uma garrafa de awamori, que ficou lacrada, portanto, por quase 10 anos. Ainda estaria bom para consumo? Felizmente, o sr. Oshiro afirmou que sim, e que provavelmente estaria ainda melhor com o envelhecimento.
Aquela virada de ano traz boas lembranças. Por diversos motivos, essa garrafa permaneceu lacrada. Agora, que aprendi mais sobre a bebida e seu significado, vou abrir apenas em uma ocasião especial — espero que seja logo.
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