Fórum Brasileiro de Gastronomia Japonesa abre espaço para atualização profissional

O primeiro palestrante foi o empresário Hideyo Uchinaka da Agro Nippo, que apresentou a história do pioneirismo da produção de bebidas à base de soja no Brasil. “Nós fomos os primeiros no mundo a iniciar a produção de bebidas de leite de soja misturadas à sucos naturais e hoje nos tornamos referência no mercado”, disse Uchinaka.
O portfólio da empresa foi se diversificando com a produção de moyashi, tofu, konyaku e shirataki (que já mostramos aqui) http://hashitag.com.br/macarrao-para-os-dias-quentes/. Aos visitantes da feira, a Agronippo já adianta o lançamento (previsto ainda para 2015) de mais três produtos: massa de peixe de kanikama, tofu com alga spirulina e shirataki com soja. “Desde a criação da empresa, nosso foco foi oferecer alimentos saudáveis e que sejam gostosos, por isso alcançamos mais de 40 anos de história”, acrescentou o diretor executivo.
Em seguida, Maurício Santi falou sobre suas experiências com a culinária asiática, em especial a tailandesa. “Há quinze anos provei a comida tailandesa pela primeira vez e tive certeza que era algo que queria buscar e conhecer mais a fundo”, contou o chef. Depois de trabalhar em restaurante de diferentes países como Estados Unidos, Austrália e Tailândia, Santi traz ao Brasil toda a experiência gastronômica rica em temperos, aromas e texturas que a culinária tailandesa explora em seus pratos. “As ervas e as variações de curry são muito usadas nos pratos”, disse o chef que fez uma verdadeira imersão na cozinha asiática ao trabalhar na Tailândia e viajar por quase todo o país, de norte a sul, para conhecer as particularidades regionais.

Outro modelo que tem aparecido com destaque no Brasil é o dos botecos japoneses, ou izakayas. “É para ser um tipo de boteco com custo mais acessível, com um formato de bar”, explicou o chef ao alertar que é preciso difundir o conceito correto dos izakayas, o que se come em um boteco japonês e as suas peculiaridades “senão a proposta dos empreendimentos vai começar a ficar confusa e logo eles começam a fechar”, concluiu.

Já Mahite Bueno, diretor da Autec, falou sobre o uso da tecnologia a favor da gastronomia asiática. “Os processos inseridos no funcionamento de um restaurante se concentram em cinco frentes que são o relacionamento, atendimento, produção, distribuição e fechamento da venda e em cada um desses processos é possível otimizar os serviços com o auxílio da tecnologia”, explica Bueno. Por isso, o empresário apresentou aplicativos que servem para melhorar o relacionamento e o atendimento ao cliente; as máquinas que agilizam e melhoram a eficiência no processo de produção do restaurante; falou sobre a diversificação dos mercados de distribuição como modelos de delivery e take away; e sobre as diversas formas de melhorar o fechamento das vendas como a variedade de formas de pagamento e incentivos à fidelização do cliente.
Além das palestras, o evento também organizou uma série de oficinas gastronômicas para apresentar novidades e tendências no mercado da gastronomia asiática.