A culinária artesanal do Festival do Japão
Em geral, cada barraca prepara a especialidade de sua província. A associação de Hokkaido traz diretamente do Japão o nishin (arenque), que é grelhado na hora e costuma acabar já no segundo dia do evento, confirmando a fama da província de ter bons pescados.
O mesmo prato pode ter variações regionais. Por exemplo, a associação de Hiroshima prepara o okonomiyaki à moda de Hiroshima, enquanto o Wakayama o faz à moda de Kansai – a diferença está na forma como os ingredientes são organizados.Pela culinária, é possível conhecer um pouco da cultura local. A associação de Nara faz o kaki no hazushi (sushi em folha de caqui).Como a província fica no alto de uma montanha, antigamente o peixe era envolvido em folhas de caqui (que contêm tanino) para ser transportado. O método pode conservar o sushi por até dois dias sem refrigeração e lhe confere um sabor levemente salgado.
O evento é uma oportunidade de experimentar receitas que não são comuns em restaurantes, além dos consagrados yakisoba, tempurá e gyoza. Essa diversidade chama também a atenção de especialistas. “Muitos chefs e estudantes de gastronomia vão ao Festival para conhecer e experimentar pratos pouco conhecidos do grande público”, conta o chef Toshi Akuta, voluntário da associação de Nara.
Além das culinárias regionais, vale observar a decoração das barracas. É possível ver cartazes de paisagens e objetos que remetem a alguma arte, tradição ou história. Os integrantes da associação de Kagawa, por exemplo, usam um hapi (tipo de quimono leve) com a estampa do Ao Oni Kun (diabinho azul), mascote da província.Entidades assistenciais, como a Kodomo no Sono, a Kibo no Ie, a Ikoi no Sono e a Yassuragui Home também organizam estandes no evento. “Na praça de alimentação, as mães dos internos farão yakisoba e tempurá especial”, disse Letícia Ozaki, voluntária da Kodomo no Sono.