Hiroshima, 6 de agosto de 1945
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O Genbaku Dome tornou-se símbolo dos memoriais de Hiroshima
Às 08:15 da manhã de 6 de agosto de 1945, a cidade de Hiroshima foi atingida pela primeira das duas bombas atômicas lançadas pelo exército americano no Japão no fim da Segunda Guerra Mundial.
O ataque em Hiroshima matou cerca de 150 mil pessoas instantaneamente, e milhares sofreram as consequências (especialmente decorrentes da radiação) por muitos anos.
Atualmente, na região próxima ao local que foi o epicentro da bomba, há diversos memoriais em homenagem às vítimas.
Um dos mais conhecidos é o Genbaku Dome (cúpula da bomba atômica). Projetado pelo arquiteto tcheco Jan Letzel, o prédio foi concluído em abril de 1915 para funcionar como um centro comercial e de exposições.
Como a explosão da bomba aconteceu quase exatamente acima do prédio (a 160 metros a sudeste, a 600 metros de altura), boa parte da estrutura resistiu, inclusive a cúpula que a identifica. Em dezembro de 1966, o Genbaku Dome tornou-se Patrimônio Mundial pela Unesco.
É em Hiroshima que surgiu uma das histórias mais conhecidas da Segunda Guerra no Japão. A menina Sadako Sasaki contraiu leucemia induzida pela radiação aos 2 anos de idade. Durante seu tratamento, ela queria fazer mil tsuru (garça) em origami. Segundo a lenda, a pessoa que fizesse mil tsuru, teria um desejo atendido. Porém, ela pôde fazer 646 antes de morrer.
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Memorial em homenagem às crianças vítimas da bomba atômica
No Museu Memorial da Paz de Hiroshima, há uma grande exposição com objetos da época e também réplicas para demonstrar os efeitos da bomba. Painéis, fotografias e documentos explicam o panorama histórico e a sequência de eventos que desencadearam os ataques.
No Memorial da Paz para as Vítimas da Bomba Atômica, também há exposições sobre o assunto, mas o destaque é a arquitetura. A água é o elemento dominante, com fontes e painéis. O motivo é que as vítimas da explosão, por causa da queimadura, pediam água desesperadamente; assim, a abundância de água foi uma forma de homenageá-las.
Hoje, Hiroshima está totalmente reconstruída. Caso os memoriais não existissem, talvez mal se perceberia que a cidade fora atingida por uma bomba atômica. A preservação dos prédios e os monumentos, mais que lembrar a dor, promove a paz.
Clique em uma das imagens abaixo para visualizar fotos de monumentos integrantes do Parque da Paz em Hiroshima
- Placa memorial do Genbaku Domu, a cúpula da bomba atômica
- O Genbaku Domu está localizado às margens do rio Ota
- Anos depois do fim da guerra, houve discussão sobre a manutenção do prédio. Foi decidido que ele se tornaria um memorial
- A ponte Aioi foi o alvo original da bomba
- O Sino da Paz é outro monumento do parque
- Memorial em homenagem às crianças vítimas da bomba atômica
- O tsuru tornou-se um símbolo do pedido de paz
- Detalhe do memorial às crianças vítimas da bomba atômica
- Dobraduras em homenagem a Sadako Sasaki. Na foto, a palavra heiwa, paz em japonês
- Dobraduras em homenagem às crianças vítimas da bomba atômica
- Nos memoriais em Hiroshima, há muitas flores e também água
- A presença de fontes de água é em homenagem às vítimas da bomba que sofreram com queimaduras
- Entrada do Museu Memorial da Paz de Hiroshima
- Tambor doado pela cidade coreana de Daegu, cidade-irmã de Hiroshima
- Monumento em homenagem aos coreanos vítimas da bomba atômica. Consta que cerca de 20 mil coreanos morreram no ataque, enquanto outros milhares de sobreviventes tiveram sequelas
- O Castelo de Hiroshima foi destruído pela bomba atômica, mas reconstruído em 1958
- Vista da cidade de Hiroshima a partir do castelo
- Vista da cidade de Hiroshima a partir do castelo
Fotos: Henrique Minatogawa