Eventos marcam os 12 anos do terremoto em Kobe
Eventos nesta quarta-feira em Kobe e em outras partes da província de Hyogo marcaram os 12 anos do Grande Terremoto de Hanshin – o maior desastre natural a acometer o Japão desde o pós-guerra.
Apesar do mau tempo, cerca de 4 mil pessoas – entre parentes e amigos das vítimas – reuniram-se no parque Higashi Yuenchi no bairro de Chuo, em Kobe, para prestar um minuto de silêncio às 5h46, horário em que se iniciou a fúria do terremoto 12 anos atrás.
Um total de 6.610 lanternas de bambu, correspondentes ao número de vítimas -incluindo 176 que morreram por consequência da catástrofe -, foram deixadas no parque, marcando a data do incidente (1/17).
Em um bairro comercial de Nishinomiya, em Hyogo, cerca de 30 donos de lojas e outros moradores fizeram orações em frente a um grande relógio que parou no exato instante em que se iniciou o terremoto – e que hoje funciona como um memorial.
Outras 130 pessoas também fizeram orações em memória das almas que foram perdidas na Ilha Awaji (Hyogo). O epicentro do desastre foi ao norte da pequena ilha.
O governo de Hyogo organizou um encontro no centro de prontidão em Chuo, aonde muitos desabrigados tiveram que ficar após a catástrofe. O governador Toshizo Ido discursou durante o encontro que “o significado do dia 17 de janeiro renova sobre nós a obrigação” de relembrar as experiências e as lições desse desastre.
Uma caminhada pelas rotas usadas para evacuação e a entrega de materiais de socorro foram entre durante a cerimônia.
Na escola de ensino fundamental Takagi, em Nishinomiya, um sino envolvido por flores e por aves feitas de origami foi tocado cinco vezes de acordo com o número de alunos mortos no terremoto. Toyoro Yoneda, que tocou o sino, sabe da importância da data. “Eu gostaria de prestar minha homenagem aos que morreram. Um dia, quando meus filhos nascerem, contarei a eles as histórias que ouvi de meus pais sobre o terremoto”.